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domingo, 6 de março de 2011
sábado, 5 de março de 2011
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Reestruturação no sistema de graduação na Capoeira Santista - Mestre Ribas
As mudanças adotadas e apresentadas aqui reestruturam apenas a relação título/cordão daqueles que possuem graduações representadas pelos cordões amarelo/azul em diante, adequando tal relação a realidade da Capoeira Santista.
Tomando como base as nomenclaturas utilizadas atualmente, encontrei no dicionário os seguintes conceitos:
Estagiário:
Que ou aquele que faz estágio: professor estagiário; Relativo a estágio; Indivíduo que faz estágio ou tirocínio*.
* Primeiro ensino ou primeira formação; Exercício ou simulação de certas funções ou atividades, como preparação para o futuro desempenho dessas funções ou atividades. = experiência, prática
Formado
Que recebeu forma; modelado; Feito, constituído; Em ordem, alinhado; Que se graduou em escola superior
Monitor
Aquele que dá conselhos, lições, etc; Aluno encarregado de uma secção de alunos de classe inferior à sua; Pessoa encarregada do ensino e da prática de certos desportos: Um monitor de ginástica.
Professor
Aquele que ensina uma arte, uma ciência ou uma língua;
Contramestre
O imediato ao mestre (em navio, fábrica, estaleiro, etc.).
Mestre
Indivíduo que exerce um ofício por sua conta, ou que trabalha sem indicações técnicas de outrem; Aquele que dirige uma oficinas; Professor de grande saber e reputação; O que é perito ou versado em qualquer ciência ou arte; Chefe ou iniciador de um movimento cultural
Nesse contexto, o sistema oficial de graduação da Capoeira Santista - Mestre Ribas fica assim:
Cordão verde | Iniciante | |
Cordão amarelo | Intermediários | |
Cordão azul | ||
Cordão verde e amarelo | Graduados | |
Cordão verde e azul | ||
Cordão amarelo e azul | Aluno formado | |
Cordão verde, amarelo e azul | Professor | |
Cordão verde, amarelo, azul e branco | Contramestre | |
Cordão branco e verde | Mestre de 1º grau | |
Cordão branco e amarelo | Mestre de 2º grau | |
Cordão branco e azul | Mestre de 3º grau | |
Cordão branco | Mestre |
- Está dito.
- Mestre Ribas
- 19 de abril de 20
sexta-feira, 4 de março de 2011
www.capoeirasantista.com.br
Nota:
Os meus textos são apenas os registros na forma mais simples da minha concepção acerca de qualquer assunto tratado (o que deveria ser óbvio, porém, considerando algumas críticas e questionamentos, às vezes eu tenho a impressão de que acreditam que eu estou tentando estabelecer alguma lei universal na capoeira). Por essa razão, antes de ler o presente texto, sugiro que leiam Ser discípulo l e Ser discípulo ll para uma melhor compreensão deste.
Ser discípulo lll
No segundo texto que produzi sobre esse tema, eu (alguns dias depois de ter escrito o primeiro, portanto com a cabeça mais arejada), tentei ampliar o que escrevi no anterior como forma de desabafo.
Já nesse terceiro texto eu busco apresentar uma arquitetura dentro dessa idéia, alinhavando pelo menos os desdobramentos mais periféricos que minha concepção parece emular na cabeça daqueles que ainda insistem em justificar comportamentos que eu abertamente condeno na relação entre alguém que se diz discípulo e seu mestre, usando o que eu digo para, de alguma forma, tentar depor contra mim ou me pegar em contradição.
Para tanto, vou usar como exemplo parte de uma conversa recente na qual chegaram a concluir que meu mestre me reconheceu como tal sem que eu estivesse na condição de discípulo (sugerindo, talvez, que eu estaria “reprovado” segundo os critérios do meu mestre quando recebi tal reconhecimento e, portanto, os meus próprios critérios para ser um discípulo não poderiam ser aplicados nem em mim).
Acontece que se isso fosse verdade e meu mestre tivesse optado por assim fazê-lo, o problema teria sido totalmente dele. Depois, ele nunca disse de forma direta e explicita o quê ele esperava de alguém que se auto intitulasse discípulo dele (ele não costumava fazer esse tipo de diferenciação). Quanto ao mais, as exigências que meu mestre fazia (as quais a pessoa que conversava comigo tentava fazer referência para justificar tal conclusão), eram para serem aplicadas apenas naqueles que, da minha época, porventura pudessem querer receber o título e graduação de mestre. Ou seja, tinha a ver com critérios práticos para graduar e promover e não para uma relação existencial entre discípulo e mestre. Como eu NUNCA tive preocupação com cor de cordão nem com o respectivo título que tal cordão pudesse carregar, logo nunca considerei que tais exigências fossem para mim.
Outra importante diferença é que, para construir a minha relação com meu mestre, também nunca precisei tomar como base a relação dele com o mestre dele. Não significa que não possa existir certa semelhança ou até coincidências. Eu particularmente não contabilizo esse tipo de coisa. Até porque, em minha opinião, ancestralidade, genuinidade, linhagem ou discipulado não tem nada a ver com tentar – a qualquer custo - construir e/ou marcar a minha trajetória na capoeira com os mesmos fatos e eventos que deram visibilidade à história conhecida do meu mestre. Para mim, esse comportamento me tornaria, no máximo, apenas um produto “genérico” dele.
Outras questões do tipo “quem eu reconheço como meu discípulo” ou “de quem eu me considero mestre”, sinceramente, em minha opinião, isso precisaria ter sido, pelo menos, uma questão para mim na minha relação com meu mestre em algum momento da minha trajetória na capoeira, para que eu pudesse responder com o mínimo de propriedade. Contudo, eu nunca tive esse tipo de dúvida ou preocupação.
O fato é que, em minha opinião, cada um é responsável pela sua própria trajetória. E a trajetória é determinada por escolhas que devem ser promovidas pela própria razão. A razão, por sua vez, é sempre histórica e geográfica, significando afirmar que não se pode desconsiderar a época e o local onde tal razão se estabeleceu ou se estabelece ou há de se estabelecer. É por isso que, em muitas vezes, não dá nem para comparar. Simples assim.
Está dito
Mestre Ribas
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